sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Reflexão de uma aluno sobre o seu percurso nas aulas de violino

Sou aluna do 3º ano do Curso Instrumentista de Cordas na Escola Profissional e Artística do Vale do Ave, iniciei o curso de música há seis anos com violino.
Estou com o mesmo professor há cinco anos e inicialmente a adaptação ao método de trabalho do professor não foi fácil, pois o professor é bastante exigente e eu não conseguia responder às suas exigências, como consequência da falta de vontade, motivação, dúvidas relacionadas com o meu futuro profissional, que por sua vez levava à falta de estudo e de um bom método de estudo. Ao longo dos anos a confiança nos conselhos do professor foi aumentando, eu achava que não valia a pena estudar sem motivação, mas quando mudei a minha mentalidade e comecei a estudar para ganhar alguma motivação o trabalho que eu apresentava nas aulas melhorou e o meu empenho e motivação aumentaram, tudo isto aconteceu principalmente pelo facto de o professor nunca ter mostrado desinteresse e despreocupação pelo trabalho que eu andava a fazer, mesmo quando não tinha mentalidade suficiente para compreender de que forma os conselhos dele me poderiam ajudar como o exemplo referido atrás.
Todos os anos o professor aplica um método de trabalho que poderá ser alterado ou não, conforme a evolução dos respectivos alunos, mas neste método cada aluno pode encontrar um objectivo a cumprir para que a sua evolução seja regular. Este método consiste numa planificação geral no inicio do ano, onde o professor aponta os maiores problemas a corrigir, mais especificadamente relacionados com a técnica e apresenta formas de os corrigir. De seguida indica-nos as obras que iremos executar onde também podemos trabalhar os nossos problemas. Dá-nos a possibilidade de as escolher conforme os interesses pessoais para que o aluno se sinta na obrigação de tocar muito bem, visto que foi um desejo do aluno e que o professor apoiou-o. Nas aulas o professor tenta perceber o estado de espírito dos alunos para saber como lidar com certas reacções que estes possam ter. Ajuda-nos psicologicamente tentando criar uma ligação próxima para que tenhamos a devida confiança com o professor e assim conseguir que ele nos ajude. Considero esta forma como o professor dá as aulas num aspecto positivo na minha aprendizagem, pois sem a sua ajuda e persistência não teria, por exemplo, percebido o quanto era importante estudar mais e melhor violino.
Temos dentro do horário escolar três blocos de aula por semana, mas ainda assim o professor acompanha por vontade própria o estudo dos seus alunos, fora desta, dispensando assim do seu tempo livre para dar mais aulas se o aluno mostrar interesse. Penso que são poucos os professores que dispensam do seu tempo livre para o dedicar aos alunos e ajudá-los a melhorar o seu trabalho. Por estes motivos considero que tenho um professor de qualidade, exigente, interessado, preocupado e com um bom método de trabalho.






Ana Beatriz Veloso Cardona

A Planificação de um módulo de um aluno do 11º ano

 Catarina Rodrigues módulo 4 nº587




Objectivos: -Adquirir maior agilidade e independência na mão esquerda
Melhorar a qualidade do som
-Melhorar os ataques do arco na corda

-Trabalho intensivo de cordas dobradas

-Aperfeiçoar os trilos


Fevereiro


Kreutzer-Estudo nº22 (para os trilos)

Kreutzer-Estudo nº29 (para a mão esquerda e donminio do arco)

Kreisler-Granados-Dança Espanhola (decorar)

Spohr-Concerto nº2 1º and.


Março

Fiorillo-Estudo nº3 (para o staccato)

Kreutzer-Estudo nº31 (para o controlo do arco)

Fiorillo-estudo nº4 (para as cordas dobradas)

Kreisler-Granados-Dança Espanhola (preparado)

Mozart-Sonata em si bemol-1º and.

Spohr-Concerto nº2 1º and. (decorado)


Abril

Kreutzer-Estudo nº33 (para as cordas dobradas)

Fiorillo-Estudo nº 11 (para a agilidade de dedos)

Fiorillo-Estudo nº 14 (para o som e mudanças na corda sol)

Fiorillo-Estudo nº 22 (para o vibrato,controlo de som e de arco)

Mozart-Sonata em si bemol-1º and.(preparado)

Spohr-Concerto nº2 1º and.




Maio

Fiorillo-Estudo nº 17 (para o cantabile em cordas dobradas)

Kreutzer-Estudo nº 34 (para as cordas dobradas e agilidade dos dedos)

Fiorillo-Estudo nº 26 ( para os arpejos, 8ªs e agilidade dos dedos)

Mozart-Sonata em si bemol-2º and.

Spohr-Concerto-2º and.

A Planificação de um módulo de um aluno do 7º ano

Catarina Natália Azevedo Módulo 2
Nº 612




Objectivos:
Melhorar as mudanças de arco no talão (movimento do pulso e dos dedos)
          • Praticar um maior uso de arco (aperfeiçoar o staccato e o detaché)
          • Trabalho intensivo de mudanças de posição
          • Aprender as escalas em 3 8ªs
          • Aperfeiçoar o vibrato
          • Melhorar a rapidez dos dedos da mão esquerda

-Usar o livro “escola de mecanismo” de Dancla como base técnica”-Fazer os exercícios a partir do nº1 todos os dias




Fevereiro


Wolfhart-estudo 12 (para o arco)

Wolfhart (op.74)-Estudo 26 ( para a 3ª posição)

Vivaldi-Concerto em Sol M 1º and (decorado) (peça para melhorar a rapidez de dedos e as mudanças de posição)

Seitz-Concerto em Sol M 1º and (para o vibrato, mudanças de posição e golpes de arco)

Mendelssohn-On Wings of Song (para o vibrato e mudanças de posição)

Março

Wolfhart (op.74)-Estudo 27 (para a 3ª posição)

Sitt-Estudo 23 (para a 2ª posição)

Wolfhart-Estudo 15 (para a mão direita)

Wolfhart-Estudo 16 (para a mão direita)

Vivaldi-Concerto em Sol M (preparado)

Mendelssohn-On Wings of Song (preparado)

(para o vibrato, mudanças de posição e golpes de arco)


Abril

Wolfhart-Estudo 18 (para o 4º dedo)

Wolfhart-Estudo 25 (para as mudanças de arco e velocidade da mão esquerda)

Sitt-estudo 28 (para a 3ª posição)

Seitz-Concerto em Sol M 1º and

Dancla-Petit Air Varié


Maio

Wolfhart-Estudo 30 (para as extensões com o 4º dedo)

Wolfhart-estudo 32 (para as mudanças de posição e peso do arco)

Seitz-Concerto em Sol M 1º and (preparado)

Dancla-Petit Air Varié (preparado)

Dancla-Romanze

A Planificação de uma aula individual


PLANIFICAÇÃO DA AULA
Lições n.º _12
Data: 09de Outubro de 2010
Ano de Escolaridade: 8ºano Módulo 3

Sumário:
Concerto Seitz nº 3 em sol menor

TEMA: O vibrato e as mudanças de posição

UNIDADE DIDÁCTICA: A técnica estrutural da mão esquerda

COMPETÊNCIAS
−Aptidão para adquirir competências técnicas para a interpretação musical das obras constantes do sumário.

Aprendizagens
Prévias



Identificação dos elementos musicais
Indicadores de
Aprendizagem


Corrige eventuais erros que o professor indica
Desenvolvimento da aula
Estratégias de Ensino-aprendizagem
Procura sempre interromper o aluno quando algum erro ocorre; sugere ao aluno maneiras diferentes de executar mudanças de posição


Organização do
Trabalho


Trabalho individual com o apoio pontual do professor
Recursos




Violino; metrónomo; Partituras;
CD’s
Avaliação




Diálogo com o aluno acerca da sua actuação na aula.

Graça Bastardo
Rui Fontes
José Ricardo Reis

Retrato das práticas de ensino








Um retrato sobre as minhas práticas de ensino: avanços, problemas e desafios para proporcionar a todos os alunos uma aprendizagem de qualidade que contribua para a sua realização pessoal e profissional”.

DE ALUNO A PROFESSOR

Comunicação colectiva de Daniel Dias, Emília Alves, José Ricardo Reis, Paulo Areis, Ricardo Matosinhos e Rui Fontes, mestrandos da Universidade Católica Portuguesa.

Palavras-chave : autonomia, formação pessoal, equidade, aprendizagem dinâmica

Já passaram alguns anos desde que pela primeira vez ministrei uma aula. Lembro-me claramente desse momento como um recomeçar a aprender em que tive que refletir sobre tudo o que havia aprendido e de que forma tinha aprendido.
De facto, fui apenas ensinado a reproduzir, da forma mais fiel, indicações numa partitura. Houve professores que me ajudaram na árdua tarefa mas transpor esses ensinamentos para a prática do ensino não é uma tarefa fácil.
Sem ter muitos anos de experiência de ensino, consigo hoje identificar mais rapidamente as dificuldades dos alunos e encontrar estratégias diferenciadas para que estes consigam obter o melhor resultado possível.
Se por vezes consigo identificar deficiências de aprendizagem, antecipar possíveis dificuldades e corrigir os aspectos necessários, nem sempre isso acontece. Durante a viagem diária até casa, transporto comigo as dificuldades dos alunos e tenho a certeza hoje que será algo que me acompanhará toda a vida.
A solução para uma grande maioria destas dificuldades passará por tornar os meus alunos independentes e, assim, tornando-me dispensável terei a certeza que os alunos poderão enfrentar a vida profissional sem dúvidas e receios.
A sua independência poderá ser igualmente uma solução para a sua formação pessoal, uma vez que alunos independentes transformar-se-ão em adultos independentes que não necessitam constantemente da aprovação de terceiros.
O aluno deve ter um espírito crítico fundamentado, solidificando desta forma as suas aprendizagens e promovendo a sua aplicação em situações futuras.



Peter Senge e a quinta disciplina

Actividade 3: “Estratégias e Ferramentas para construir uma organização aprendente, baseadas nas cinco disciplinas de Peter Senge”
Palavras-chave: organizações, aprendizagem, competências.

A visão de Peter Senge da organização da aprendizagem como um grupo de indivíduos, que estão continuamente a fortalecer as suas competências para criar o que ambicionam, é extremamente influenciável. Esta visão é baseada nas cinco disciplinas que são fundamentais para “construir uma organização aprendente”.
As organizações que aprendem são aquelas nas quais as pessoas aprimoram continuamente as suas capacidades para criar o futuro que realmente gostariam de ver surgir”
(Peter Senge)
  • Domínio Pessoal: Disciplina que permite ao indivíduo compreender a realidade de uma forma objectiva e deste modo expandir as suas capacidades pessoais. Para além disso, vai possibilitar a realização dos seus objectivos pré-estabelecidos sem receio de errar.

  • Modelos Mentais: Consiste em indagar e clarificar os modelos mentais de cada indivíduo de forma a moldá-los com o meio que o rodeia.

  • Visão Compartilhada: Disciplina que consiste em estabelecer metas que ajudarão a alcançar os objectivos pretendidos, de forma a estimular o empenho colectivo e individual, ou seja, há um comprometimento em obter resultados.

  • Aprendizagem em equipa: Privilegia o trabalho do grupo em detrimento do trabalho individual. O diálogo entre os membros deste é fundamental para facilitar a aprendizagem e produzir resultados. Deste modo, possibilita uma maior eficácia enquanto grupo.

  • Pensamento Sistémico: Denominada como a “quinta disciplina”, o pensamento sistémico engloba e funde-se com todas as disciplinas anteriores. Consiste em integrar todas as partes num todo – “mostrando que o todo pode ser maior que a soma das partes” (Senge, 1990, p. 21).